quinta-feira, 9 de maio de 2013

MODOS DE PRODUÇÃO II: A HISTÓRIA DE TRANSFORMAÇÃO DA SOCIEDADE


É a maneira pela qual a sociedade produz seus bens e serviços, como os utiliza e como os distribui. Também é chamado de sistema econômico.
Modo de Produção = Forças Produtivas + Relações de Produção
       Toda sociedade tem uma forma de produção;
       É constituída por fatores dinâmicos que mudam constantemente;
       As mudanças acarretam rupturas nos modos de produção.
Principais modos de produção:
       Comunal, primitivo;
       Escravista;
       Asiático;
       Feudal;
       Capitalista;
       Socialista
Alguns desses modos de produção podem existir ao mesmo tempo ou podem ocorrer em épocas e locais diferentes, numa determinada sociedade.

Modos de Produção Pré –Capitalistas
Quando se define uma sociedade a partir de seu modo de produção, não é necessário dizer que ele é o único e sim que é o mais importante.

Modo de Produção Comunal Primitivo

       Os seres humanos viviam em grupos nômades e dependiam exclusivamente dos recursos naturais da região;
       Sobreviviam graças à coleta e ao extrativismo;
       As pessoas deixaram de ser nômades, começaram a cultivar a terra (por volta 10000 a.C) e passaram a se fixar em determinadas regiões (cultivando frutas e legumes e ainda criando animais);
       As pessoas trabalhavam em estreita cooperação. A terra era o principal meio de produção;
       Não existia a idéia de propriedade privada e não havia oposição entre proprietários e trabalhadores;
       A comunidade primitiva foi a primeira forma de organização humana.

Modo Asiático de Produção

       Predominou na índia e no Egito da antiguidade bem como civilizações pré-colombianas como incas, maias e astecas;
       Sociedades fechadas, equipadas com Estado forte e uma burocracia eficiente;
       Todas as forças de trabalho pertenciam ao Estado, encarnado na figura do Imperador.
       O grupo mais privilegiado era o dos sacerdotes, nobres e guerreiros;
       O grupo mais poderoso era o dos administradores públicos que atuavam em nome do Estado.
       No entanto, sucumbiram a seus próprios excessos -  luxo e desperdícios das camadas superiores;
       Invasões estrangeiras – incas e astecas desapareceram.


Modo de Produção Escravista

·         Os meios de produção e os escravos eram de propriedade do senhor.
·         O escravo era considerado um objeto, instrumento;
·         As relações de produção eram de domínio e sujeição.
·         O senhor era dono dos portadores da força de trabalho, dos meios de produção e do produto do trabalho.;
·         Exigia um controle rígido dos escravos dominados e regras para regular a ordem social;
·         Necessidade que surgisse o Estado para garantir os interesses dos senhores;
·         Sociedades: a grega e a romana da antiguidade clássica.
·         A economia escravista era basicamente agrária;
·         Nas cidades o desenvolvimento intelectual era privilégio dos cidadãos livres.
·         Na Grécia o trabalho manual era desprezado;
·         A sociedade romana repetiu esse modelo;
·         Nos dois casos, foi preciso manter uma enorme exercito como máquina de guerra, para invadir e conquistar muitos povos a fim e conseguir mais riquezas.


Modo de Produção Feudal

·         Predominou na Europa;
·         Nas cidades-estado italianas como Veneza, Florença, e da península ibérica de Portugal e Espanha, onde passaram quase toda Idade Média sob o domínio mulçumano;
·         Estruturou-se sob a divisão entre senhores e servos;
·         As relações baseavam-se na propriedade do senhor sobre a terra e no trabalho agrícola do servo;
·         Os servos não viviam como escravos, eles tinham direito de cultivar um pedaço de terra cedida pelo senhor desde que, em troca, pagassem a ele impostos e rendas. Eram obrigados a trabalhar nas terras do senhor sem nada receber, sistema conhecido como corveia. A terra era apenas para usufruto.
·         Os senhores tinham o poder econômico e político, portanto faziam as leis e obrigavam os servos  a cumpri-las;
·         Baseavam-se no campo pouco importando as cidades.
·         Os nobres e bispos mantinham-se muitos bem protegidos pelos seus próprios exércitos e gozavam de considerável independência política em relação ao rei;

Queda do feudalismo

       Guerras prolongadas e epidemias.
       Surgimento de novas cidades e o incremento da produção manufatureira para atender às necessidades crescentes da população urbana;
       Origem a uma nova classe social: a burguesia mercantil;
       Choque entre  a burguesia a  nobreza feudal;
       Os servos abandonaram suas antigas aldeias feudais;
       Sucessivas revoltas camponesas;
       Crescimento do comércio estimulou a populações a estabelecer seus próprios tribunais, suas leis e seus próprios sistemas de impostos.
       Com a necessidade de um novo tipo de sociedade uma nova forma de organização estava criada: o modo capitalista de produção 

domingo, 5 de maio de 2013

Modos de Produção I


A base econômica da sociedade
Bens e serviços
Quando vamos a um supermercado comprar alimentos, produtos de limpeza ou eletrodomésticos, estamos ad­quirindo bens. Em contrapartida, quando pagamos a passagem de ônibus ou uma consulta médica, estamos comprando serviços.
Em qualquer atividade econômica, bens e serviços estão interligados. Uns dependem dos outros para que o sis­tema econômico funcione. Bens e serviços resultam da transformação de recursos da natureza em objetos úteis à vida humana. E isso só ocorre por meio do trabalho nos processos de produção.
Produção, distribuição, consumo
Com nosso trabalho, somos capazes de produzir alguns bens e realizar serviços que eventualmente podemos utilizar. Entretanto, como um indivíduo isolado não é capaz de produzir tudo aquilo de que precisa, somos "obrigados" a viver em sociedade. Coletivamente, as pessoas participam da vida econômica, tendo como prin­cipais atividades a produção, a distribuição e o consumo de bens e serviços. Enquanto trabalham, os operários estão atuando na produção. Como compradores de bens e serviços, participam da distribuição. Quando conso­mem esses bens e serviços, estão participando da atividade econômica na condição de consumidores.
Transformando matéria-prima em bens
Vamos considerar outro exemplo. Em seu trabalho, a costureira transforma em roupa uma peça de tecido de al­godão que é obtida de uma matéria prima vegetal. Para isso, ela trabalha com uma má quina de costura, utili­zando linhas, botões, colchetes, tesouras e agulhas. Seu trabalho também exige o consumo de energia elétrica para a iluminação e para o funcionamento da máquina de costura.
Finalmente, com as técnicas que aprendeu e a habilidade que desenvolveu, a costureira produz um vestido. En­tretanto, para que esse vestido existisse foi necessária uma sucessão de trabalhos diferentes. Da lavoura do algodão ao último botão pregado na roupa, houve trabalho humano físico e mental.
O processo de produção é formado por três componentes principais associados:
  • trabalho;
  • matéria-prima;
  • instrumentos de produção.

O trabalho humano
Todo trabalho resulta da combinação de dois tipos de atividade: manual e intelectual. O que varia é a proporção com que esses dois aspectos entram no processo de produção. O trabalho de um operá­rio é mais manual do que intelectual; em alguns casos, quase exclusivamente manual. Apesar disso, exige certo esforço mental.
Já o trabalho de um engenheiro é mais intelectual do que manual a elaboração e os cálculos neces­sários para projetar uma ponte, por exemplo. Entretanto, sua atividade tem um aspecto manual, seja no manuseio dos instrumentos de trabalho, seja na passagem da concepção do projeto para o papel.
O trabalho pode ser classificado conforme o grau de capacitação exigido do profissional. As sim, te­mos:
  • trabalho qualificado não pode ser realizado sem um certo grau de aprendizagem e conheci­mento técnico; o trabalho de um torneiro mecânico, por exemplo, enquadra-se nessa categoria;
  • trabalho não qualificado pode ser realizado praticamente sem aprendizagem; por exemplo, o trabalho de um servente de pedreiro.
Matéria-prima
Os componentes iniciais do produto que no processo de produção são transformados até adquirirem a forma de bem final são chamados de matéria-prima.
Meios de produção
Todos os objetos que direta ou indiretamente nos permitem transformar matéria-prima em bem final são chamadas de instrumentos de produção. É o caso das ferramentas, dos equipamentos e das máquinas. O local de trabalho, a iluminação, a ventilação e as instalações necessárias à atividade produtiva também são instrumentos de produção.
Assim, instrumento de produção é todo bem utilizado pelo ser humano na produção de outros bens e serviços.
As forças produtivas
Todo processo produtivo combina o trabalho com os meios de produção. Esses dois componentes estão presentes tanto na produção artesanal de uma bordadeira quanto nas atividades de uma grande indústria moderna.
Ao conjunto dos meios de produção somados ao trabalho humano damos o nome de forças produtivas. Assim:
Forças produtivas
meios de produção
+
trabalho humano