quinta-feira, 26 de abril de 2012

Aula 9 (2º ano/Sociologia)


Fatores contrários e favoráveis à mudança social
 - Grande parte das mudanças sociais só ocorre depois de vencer muitas resistências e obstáculos;
 - Advento do cristianismo e da democracia;
 - Campanhas feministas/ direito ao voto;
 - Obstáculos são barreiras que têm origem na própria estrutura social e dificultam ou impedem a mudança social;
 - Resistências são reações conscientes e deliberadas para impedir a mudança social. Ex.: vacina obrigatória
As atitudes individuais e sociais que favorecem ou rejeitam a mudança social podem ser classificadas em quatro tipos principais:
a)      Atitude conservadora: é aquela que se mostra contrária ou temerosa em relação às mudanças. Uma das manifestações dessa atitude é o tradicionalismo, pelo qual o respeito à tradição, a imposição de valores cultivados pelos mais velhos as mais jovens e as normas tradicionalmente vigentes na sociedade emergem-se como alguns obstáculos às inovações na vida social;
b)      Atitude reacionária: equivale ao conservadorismo exagerado. Opõe-se, não raro pela violência, a qualquer tipo de mudança nas instituições sociais e até mesmo às simples introdução de inovações.

c)      Atitude reformista ou progressista: é a que vê com agrado a mudança moderada. É o desejo de mudanças gradativas dos modos de vida existentes e das instituições. Aqueles que adotam essa posição são geralmente pessoas de centro-esquerda ou de esquerda moderada.

d)      Atitude revolucionária: é a posição adotada pela esquerda radical. Defende transformações profundas e imediatas das instituições, até com o emprego de métodos violentos, para mudar a situação social existente.

Consequências da mudança social
 - Mudanças gradativas não destroem as instituições sociais existentes, apenas objetivam aprimorá-las e melhorá-las com pequenas e contínuas mudanças;
 - As transformações radicais e profundas alteram toda a estrutura social de uma sociedades;
 - Reformas: são mudanças gradativas que procuram melhorar as instituições sem destruí-las, sem romper com os costumes. Tem o objetivo de melhorar uma situação.
 - Revolução: mudança social profunda e violenta, que destrói ou procura destruir a ordem social existente substituindo-a por outra. Alteram todo o sistema de relações sociais.

Aula 9 (1º ano/Filosofia)


PRINCIPAIS PERÍODOS DA HISTÓRIA DA FILOSOFIA
A filosofia na história
 - As transformações nos modo de conhecer tanto podem ampliar os campos de investigação da filosofia, fazendo surgir novas disciplinas filosóficas (estética, filosofia da história, filosofia da linguagem), como também podem diminuir esses campos, porque alguns de seus conhecimentos podem desligar-se dela e formar disciplinas separadas (biologia, física, química)
Os principais períodos da filosofia
Filosofia antiga (do século VI a.C. ao século VI d.C.)
 - Compreende os quatro grandes períodos da filosofia greco-romana
Filosofia patrística (do século I ao século VII)
 - A filosofia desse período foi obra de dois apóstolos (Paulo e João), mas também dos chamados Padres da Igreja;
 - Tentativa de conciliar a nova religião – Cristianismo – com o pensamento filosófico dos gregos e romanos, pois somente com tal conciliação seria possível convencer os pagãos da nova verdade e convertê-los a ela;
 - Tarefa religiosa da evangelização e a defesa da religião cristã contra os ataques teóricos e morais que recebia dos antigos;
- A patrística foi obrigada a introduzir ideias desconhecidas para os filósofos greco-romanos: a ideia de criação do mundo a partir do nada, de pecado original do homem, de Deus como trindade uma, de encarnação e morte de Deus, de juízo final, etc;
 - Introduziu, sobretudo com Santo Agostinho e Boécio, a ideia de “homem-interior”, isto é, da consciência moral e do livre-arbítrio da vontade;
 - Para impor as ideias cristãs, os Padres da Igreja as transformaram em verdades reveladas por Deus, que por seres decretos divinos, seriam dogmas;
 - Razão e fé:
       Os que julgavam fé e razão inconciliáveis e a fé superior à razão;
       Os que julgavam fé e razão conciliáveis, mas subordinavam a razão à fé;
       Os que julgavam razão e fé inconciliáveis, mas afirmavam que cada uma delas tem seu campo próprio de conhecimento e não devem se misturar
Filosofia medieval (do século VIII ao século XIV)
 - Abrange pensadores europeus, árabes e judeus;
 - Por ter sido ensinada nas escolas também é conhecida como escolástica;
 - Influências de Platão e Aristóteles;
 - Filosofia cristã (teologia) – Santo Agostinho
 - Grandes temas da filosofia medieval:

Infinito (Deus) x Finito (homem, mundo);
Razão x Fé;
Corpo (matéria) x Alma (espírito);
Poder temporal x Poder espiritual
Filosofia da renascença (do século XIV ao século XVI)
 - Três grandes linhas de pensamento:
       Proveniente da leitura de três diálogos de Platão (Banquete, Fédon, Fedro). A natureza era concebida como um grande ser vivo, dotada de uma alma universal. O homem era concebido como parte da natureza;
       Originária dos pensadores florentinos, que valorizava a vida ativa (a política);
       Propunha o ideal do homem como artífice de seu próprio destino
Filosofia moderna (do século XVII a meados do século XVIII)

 - Grande Racionalismo Clássico, nasce procurando vender um ambiente de pessimismo teórico (ceticismo);
 - Três mudanças teóricas:
“Surgimento do sujeito do conhecimento”, consciência de si reflexiva;
 As coisas exteriores (a natureza, as instituições sociais e políticas) são conhecidas quando o sujeito do conhecimento as representa intelectualmente;
A realidade é racional porque é um sistema ordenado de causalidades físico-matemáticas perfeitas e plenamente conhecíveis pela razão humana
Filosofia da ilustração ou iluminismo (meados do século XVIII ao começo do século XIX)
 - Pela razão, o homem pode conquistar a liberdade e a felicidade social e política;
 - A razão é capaz de aperfeiçoamentos e progresso, e o homem é um ser perfectível;
 - O aperfeiçoamento da razão se realiza pelo progresso das civilizações;
 - Há diferença entre natureza (reino das relações necessárias de causa e efeito) e civilização (reino da liberdade)
 - Interesse da compreensão das bases econômicas: corrente fisiocrata e mercantilista

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Aula 8 (2º ano/Sociologia)


Causas das mudanças sociais
Fatores geográficos: As secas do Nordeste brasileiro, por exemplo, alteram substancialmente a vida das populações dessa região, provocando seu empobrecimento e a migração em massa de sertanejos para outras regiões do país;
Fatores econômicos: O desenvolvimento econômico contribuiu para grandes mudanças na vida da sociedade, elevando o nível de vida dos grupos sociais e estimulando a mobilidade social, com a passagem de pessoas de uma classe social para outra;
Fatores sociais: Conflitos entre classes sociais, guerras e revoluções estão entre os processos que mais modificam a estrutura social das sociedades. Ex.: Revolução Francesa;
Fatores culturais: O surgimento de uma nova crença religiosa pode ser determinante na promoção de mudanças sociais, como aconteceu com o advento do cristianismo e do islamismo.
- A crise expressa o momento em que a ordem existente (numa instituição ou num país, por exemplo) é comprometida ou abalada. A partir do reconhecimento e entendimento da crise, os indivíduos organizam algum tipo de mudança social – para que a ordem anterior seja resgatada ou totalmente modificada.
Mudanças endógenas e exógenas
Forças endógenas ou internas: são aquelas que têm sua origem no interior da própria sociedade. Entre essas forças, estudaremos as invenções;
Forças Exógenas ou externas: são as que provêm de outras sociedades, como é o caso da difusão cultural.
Invenções
 - Descoberta é a aquisição de um novo conhecimento, de uma informação nova;
 - Invenção é o elemento ativo, a aplicação da descoberta;
 - Dizemos: descoberta da eletricidade e invenção da lâmpada; descoberta da energia atômica e invenção da bomba atômica;
 - Toda invenção é produto de uma sociedade determinada, embora não seja criação da sociedade em seu conjunto;
 - A sociedade fornece as bases para o surgimento da invenção, pois todo inventor utiliza o conhecimento acumulado de sua cultura;
 - As invenções são geradas pela combinação do patrimônio cultural da sociedade com determinadas necessidades sociais.
Difusão cultural
 - A língua que falamos, a religião que seguimos, muitos utensílios e máquinas que usamos não se formaram nem foram inventados no Brasil;
 - É a difusão que aumenta e expande a cultura das várias sociedades e acelera o ritmo da mudança;
 -  No processo de difusão, o prestígio da cultura doadora também é um dado importante na assimilação de valores pela cultura receptora;
 - Importância da globalização


Aula 8 (1º ano/Filosofia)


Período sistemático
 - Principal nome: Aristóteles;
 - Apresentação de uma verdadeira enciclopédia do saber produzido e acumulado pelos gregos;
 - Cada saber possui seu objeto específico, procedimentos específicos para sua aquisição e exposição, formas próprias de demonstração e prova;
 - Cada campo do conhecimento é uma ciência (em grego, epistéme)
 - O estudo dos princípios e das formas do pensamento, sem preocupação com seu conteúdo, foi chamado por Aristóteles de analítica, mas, desde a Idade Média, passou a se chamar lógica.
Período helenístico ou greco-romano
 - Filosofia cosmopolita;
 - Época constituída por grandes sistemas ou doutrinas;
 - Predominam preocupações com a física, a ética e a teologia;
 - Orientalização da filosofia
Os campos do conhecimento filosófico
 - Classificação aristotélica dos campos do saber
       Ciências produtivas: ciências que estudam as práticas produtivas ou as técnicas, isto é, as ações humanas cuja finalidade está para além da própria ação, pois a finalidade é a produção de um objeto, de uma obra. Ex.: arquitetura, pintura, escultura, oratória, teatro, etc;
       Ciências práticas: ciências que estudam as práticas humanas como ações que têm nelas mesmas seu próprio fim, isto é, a finalidade da ação não é chegar a um produto diferente do agente, mas é a realização do próprio agente. Ex.: ética (coragem, generosidade, fidelidade, prudência, amizade, honradez, etc.) e política
¨  Ciências teoréticas ou contemplativas: são aquelas que estudam coisas que existem independente dos homens e de suas ações e que, não tendo sido feitas pelos homens, só podem ser contempladas por eles.
     à ciência das coisas naturais submetidas à mudança ou ao devir: física, biologia, meteorologia, psicologia;
     à ciência das coisas naturais que não estão submetidas à mudança ou ao devir: as matemáticas e a astronomia;
     à ciência da realidade pura, que não é nem natural mutável, nem natural imutável, nem resultado da ação humana, nem resultado da fabricação humana. É o que Aristóteles chama de ser ou substância de tudo o que existe: Filosofia Primeira => Metafísica;
     à ciência das coisas divinas que são a causa e a finalidade de tudo o que existe na natureza e no homem.
A herança aristotélica
       O do conhecimento do ser, isto é, da realidade fundamental e primordial de todas as coisas, ou da essência de toda a realidade (ontologia) ;
       O do conhecimento das ações humanas ou dos valores e das finalidades da ação humana: das ações que têm em si mesmas sua finalidade, a ética e a política, ou a vida moral e a vida política;
       O do conhecimento da capacidade humana de conhecer, isto é, o conhecimento do próprio pensamento em exercício.
     à Lógica: que oferece as leis gerais do pensamento;
     à Teoria do conhecimento: que oferece os procedimentos pelos quais conhecemos;
     à Epistemologia: estuda e avalia os procedimentos empregados pelas diferentes ciências para definir e conhecer seus objetos.

sábado, 14 de abril de 2012

Aula 7 (2º ano/Sociologia)


MUDANÇA SOCIAL
       Transformações na vida e no funcionamento da sociedade;
       Toda mudança social é resultado de processos pelos quais a sociedade inteira, ou apenas alguns aspectos dela, passa de um estado a outro;
       A sociedade não é estática
                * Campanha abolicionista resultou na abolição da escravatura a 13 de maio de 1888: trabalho escravo à trabalho livre;
                * Reforma agrária
       Esses exemplos mostram que as formas de organização de uma sociedade podem ser substancialmente alteradas por mudanças sociais;
       Modernidade e tradição
       É certo que as atitudes, os valores, o comportamento e os conhecimentos das pessoas que vivem numa sociedade moderna são muito diferentes dos de uma sociedade tradicional. Mesmo assim, muitos aspectos das sociedades tradicionais são mantidos. Isso quer dizer que as rupturas são acompanhadas de formas de permanência e que mesmo as sociedades mais avançadas conservam valores que vêm do passado;
       As modificações por que passou a família levaram a uma menor hierarquização social entre pais e filhos. As relações que, na família patriarcal, supunham uma estrita obediência dos filhos aos pais, foram hoje substituídas em boa parte por uma relação mais aberta, menos rígida e mais afetiva e democrática entre os familiares
O ritmo das mudanças sociais varia de sociedade para sociedade: é lento nas sociedades mais simples, como as pequenas comunidades isoladas, e acelerado e até vertiginoso nas sociedades industriais e pós-industriais, especialmente nas grandes cidades, onde a estrutura social apresenta maior complexidade.
O ritmo das mudanças depende do maior ou menor número de contatos sociais com outros povos, do desenvolvimento dos meios de comunicação e também de certos processos políticos e sociais, que aceleram ou dificultam os processos de transformação social.
De modo geral, uma sociedade substitui mais facilmente os bens materiais do que as crenças, os aspectos culturais e os modos de vida

Aula 7 (1º ano/Filosofia)


Períodos e campos de investigação da filosofia grega
Os períodos da filosofia grega
 - Período pré-socrático ou cosmológico: a filosofia se ocupa fundamentalmente com a origem do mundo e as causas das transformações na natureza.
 - Período socrático ou antropológico: a filosofia investiga as questões humanas, isto é, a ética, a política e as técnicas, e busca compreender qual é o lugar do homem no mundo.
 - Período sistemático: a filosofia busca reunir e sistematizar tudo quanto foi pensado pela cosmologia e pelas investigações sobre a ação humana.
 - Período helenístico ou greco-romano: a filosofia se ocupa sobretudo com as questões da ética, do conhecimento humano e das relações entre o homem e a natureza, e de ambos com Deus.
Período pré-socrático ou cosmológico
Filósofos pré-socráticos
       Escola Jônica: Tales de Mileto, Anaxímenes de Mileto, Anaximandro de Mileto e Heráclito de Éfeso;
       Escola Itálica: Pitágoras de Samos, Filolau de Crotona e Árquitas de Tarento;
       Escola Eleata: Parmênides de Eleia e Zenão de Eleia;
       Escola da Pluralidade: Empédocles de Agrigento, Anaxágoras de Clazômena, Leucipo de Abdera e Demócrito de Abdera
As principais características da cosmologia:
Trata-se de uma explicação racional e sistemática sobre a origem, ordem e transformação da natureza;
Busca o princípio natural, eterno, imperecível e imortal, gerador de todos os seres. Physis (fazer surgir): é a natureza tomada em sua totalidade;
Afirma que a physis embora seja imperecível e imortal, ela dá origem a todos os seres infinitamente variados e diferentes do mundo;
Afirma que a physis embora seja imutável, os seres físicos ou naturais gerados por ela, além de mortais, são mutáveis ou seres em contínua transformação. Kínesis (movimento);
Devir: é a passagem contínua de uma coisa ao seu estado contrário, e essa passagem não é caótica, pois obedece a leis determinadas pela physis.
PHYSIS
Tales: água ou úmido
Anaximandro: ilimitado, sem qualidades definidas
Anaxímenes: ar ou o frio
Pitágoras: número (entendido como estrutura e relação proporcional entre os elementos que compõe as coisas)
Heráclito: fogo
Empédocles: quatro raízes (úmido, seco, quente e frio)
Anaxágoras: sementes que contém elementos de todas as coisas
Leucipo e Demócrito: átomos
Período socrático ou antropológico
       Época do maior florescimento da democracia;
       O padrão de homem ideal era o de guerreiro belo e bom (aretê=excelência) à bom cidadão;
       Surgimento dos sofistas (Protágoras, Górgias e Isócrates)/ mestres da oratória e da retórica;
       Sócrates contra os sofistas / “conhece-te a ti mesmo”
       Só sei que nada sei: essência e conceito (o que o pensamento conhece da essência);
       As ideias de Sócrates
     - a filosofia voltada às questões humanas no plano da ação, dos comportamentos, das ideias, das crenças, dos valores;
     - o ponto de partida da filosofia é a confiança no pensamento ou no homem como um ser racional, capaz de conhecer a si mesmo;
     - a preocupação com o estabelecimento de procedimentos que garantam encontrar a verdade;
     - a filosofia voltada à definição das virtudes morais (do indivíduo) e das virtudes políticas (do cidadão);
     - opinião x conceito;
     - a reflexão e o trabalho do pensamento são tomados como purificação intelectual;
     - a opinião, as percepções e as imagens sensoriais são consideradas falsas.