quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Aula 4 - 2 ano Sociologia


Sistema de status e papéis sociais
       A posição ocupada pelo indivíduo no grupo social ou na sociedade denomina-se status social.
       O status social implica direitos, deveres, manifestações de prestígio e até privilégios, conforme o valor social conferido a cada posição.
       Numa sociedade, o indivíduo ocupa tantos status quantos são os grupos sociais a que pertence.
Dependendo da maneira pela qual o indivíduo obtém seu status, este pode ser classificado em:
¨  status atribuído - não é escolhido voluntariamente pelo indivíduo e não depende de suas ações ou qualidades. Por exemplo, o status de "filho de operário" ou de "irmão caçula". Os principais fatores atribuidores de status são: idade, sexo, raça, laços de parentesco, classe social etc.;
¨  status adquirido - obtido em função das qualidades pessoais do indivíduo, de sua capacidade e habilidade. Os status que uma pessoa obtém ao longo da vida como resultado de competição e trabalho são status adquiridos, pois dependem de suas habilidades pessoais e supõem uma vitória sobre outros concorrentes e o reconhecimento de tal êxito pelo grupo social.
Papel social
       Papéis sociais são os comportamentos que o grupo social espera de qualquer pessoa que ocupe determinado status social.
       Corresponde mais precisamente às tarefas, às obrigações inerentes ao status. 
       Todas as pessoas sabem o que esperar ou exigir do indivíduo, de acordo com o status que ele ocupa no grupo ou na sociedade. E a sociedade sempre encontra meios para punir os indivíduos que não cumprem seu papel.
Estrutura e organização social
       Estrutura social é o conjunto ordenado de partes encadeadas que formam um todo; é a totalidade dos status existentes em determinado grupo social ou sociedade.
       Organização social: o conjunto de todas as ações realizadas quando os membros de um grupo desempenham seus papéis sociais.
       A estrutura social refere-se a uma totalidade composta de partes, enquanto a organização social refere-se às relações que se estabelecem entre essas partes

Aula 4 - 1º ano Filosofia


A consciência: o sujeito, o eu, a pessoa e o cidadão
       Tornar o sujeito do conhecimento objeto de conhecimento para si mesmo é a grande tarefa que a modernidade filosófica inaugura ao desenvolver a teoria do conhecimento.
       Como se trata da volta do pensamento sobre si mesmo para conhecer-se, ou do sujeito do conhecimento colocando-se como objeto para si mesmo, a teoria do conhecimento é a reflexão filosófica.
       O que a teoria do conhecimento entende por consciência?
 A capacidade humana para conhecer, para saber que conhece e para saber que sabe que conhece. A consciência é um conhecimento (das coisas e de si) e um conhecimento desse conhecimento (reflexão).
       O sujeito do conhecimento  se reconhece como diferente dos objetos, cria e/ou descobre significaçôes, institui sentidos, elabora conceitos, idéias, juízos e teorias.
       Por ser dotado da capacidade de conhecer-se a si mesmo no ato do conhecimento, o sujeito é um saber de si e um saber sobre o mundo, manifestando-se como sujeito percebedor, imaginante, memorioso, falante e pensante.
Por sua universalidade, o sujeito do conhecimento distingue-se da consciência psicológica, pois esta é sempre individual.
Consciência psicológica
       Do ponto de vista psicológico, a consciência é o sentimento de nossa própria identidade: o eu. O eu é o centro ou a unidade de todos os nossos estados psíquicos e corporais, ou aquela percepção que permite a alguém dizer “meu corpo”, “minha razão”, “minhas lembranças”.
       O eu é a consciência de si como o ponto de identidade e de permanência de um fluxo temporal interior que retém passado na memória, percebe o presente pela atenção espera o futuro pela imaginação e pelo pensamento.
       Ao contrário do eu, o sujeito do conhecimento não é uma vivência individual, uma estrutura cognitiva dotada universalidade.
Dimensão ética da consciência
       Do ponto de vista ético e moral, a consciência é a capacidade livre e racional para escolher, deliberar e agir conforme valores, normas e regras que dizem respeito ao bem e ao mal, so justo e ao injusto, à virtude e ao vício. É a pessoa, dotada de vontade livre e de responsabilidade.
       É a capacidade de alguém para compreender e interpretar sua própria situação e condição, viver na companhia de outros segundo as normas e os valores morais definidos por sua sociedade, agir tendo em vista fins escolhidos por deliberação própria, comportar-se segundo o que julga o melhor para si e para os outros e, quando necessário, contrapor-se e opor-se aos valores estabelecidos, em nome de outros considerados mais adequados à lirdade e à responsabilidade.
       É a consciência de si como exercicio racional e afetivo da liberdade e da responsabilidade, em vista da vida feliz e justa.
Esfera política
       Do ponto de vista político, a consciência é o cidadão, isto é, a consciência de si definida pela esfera pública dos direitos e deveres civis e sociais, das leis e do poder político.
       A consciência moral (a pessoa) e a consciência política (o cidadão) formam-se pelas relações entre as vivências do eu e os valores e as instituições de sua sociedade ou de sua cultura.
       O eu é a consciência como uma vivência psíquica e uma experiência que se realiza na forma de comportamentos; a pessoa é a consciência como agente moral; e o cidadão é a consciência como agente político.
       A ação da pessoa e a do cidadão formam a práxis, palavra grega que significa “a ação na qual o agente, o ato realizado por ele e a finalidade do ato são idênticos”.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Aula 3 - 2º ano Sociologia


Os jovens como objeto da Sociologia
O interesse acadêmico pela juventude como categoria social específica tomou vulto a partir da década de 1960, quando começaram a surgir formas ousadas de manifestação cultural juvenil e o comportamento de grupos de jovens contestadores passou a contrastar abertamente com os padrões sociais estabelecidos.
       O conceito usual de juventude refere-se a uma faixa de idade que vai dos 14 aos 19 anos.
       1980 à 1990 (aumento de 1 milhão de jovens) à 2000 (aumento de 2,3 milhões de jovens).
       Seria preciso oferecer a esses milhões de jovens  educação e preparação profissional adequadas para facilitar o ingresso no mercado de trabalho.
       Escassez de emprego e aumento do número dos jovens criam uma situação socialmente explosiva.
       Geração pontocom.  
·         Os jovens e os idosos poderão ser os grandes excluídos das sociedades na era da globalização.
       Muitos jovens atualmente se revoltam contra outros grupos sociais, contra toda a sociedade e contra o sistema que os marginaliza.
Anos 1960: queriam construir um novo mundo e reformar ou revolucionar a sociedade.
Jovens de hoje: querem ser incluídos na sociedade.
Bens materiais e possibilidade de consumo quase ilimitada x nega a grande parte desses jovens esses bens e possibilidades.
Consequências
       Ressentimento e respostas agressivas;
       Atração pela marginalidade e ingresso ao crime organizado;
       Fenômeno de jovens de classe média que tendem a formar bandos e a agir com violência.
Não se trata mais de um jovem que está em permanente conflito de gerações, mas de jovens que têm dificuldade de se integrar à sociedade globalizada, que estão se tornando mais violentos por se sentir socialmente excluídos e que participam de grupos tribais.
Há jovens que não recebem limites de seus pais, que já não têm ideias, que adotam uma atitude cínica  diante da vida e que se acreditam acima da lei.

Aula 3 - 1º ano Filosofia


Locke (1632-1704)
John Locke é o iniciador da teoria do conhecimento propriamente dita porque se propõe a analisar cada uma das formas de conhecimento que possuímos. A saber:
¨  A origem de nossas ideias e nossos discursos,
¨  A finalidade das teorias,
¨  E as capacidades do sujeito cognoscente relacionadas com os objetos que ele pode conhecer.
Ensaio sobre o entendimento humano
“Visto que o entendimento situa o homem acima dos outros seres sensíveis e dá-lhe toda vantagem e todo domínio que tem sobre eles, seu estudo consiste certamente num tópico que, por sua nobreza, é merecedor de nosso trabalho de investigá-lo.
O entendimento, como o olho, que nos faz ver e perceber todas as outras coisas, não se observa a si mesmo; requer arte e esforço situá-lo a distância e fazê-lo seu próprio objeto”.
Assim como o olho, que faz ver e não se vê a si mesmo, o entendimento humano faz conhecer, mas não se conhece a si mesmo.
Para conhecer-se, isto é, para que o entendimento torne-se um objeto de conhecimento para si mesmo, “requer arte e esforço”.
Para Locke, todas as ideias e todos os princípios do conhecimento derivam da experiência sensível.
Em outras palavras, o intelecto recebe da experiência sensível todo o material do conhecimento e por esse motivo pode-se dizer que não há nada em nosso entendimento que não tenha vindo das sensações.
“Suponhamos que o espírito seja, por assim dizer, uma folha em branco, sem nenhuma letra, sem nenhuma ideia. Como estas chegaram ali? (...) De onde procede todo o material da razão e do conhecimento? Respondo com uma só palavra: da experiência.
Todo nosso conhecimento se baseia nela e dela provém em última instância.”
Como se formam os conhecimentos?
Por um processo de combinação e associação dos dados da experiência.
Por meio das sensações, recebemos as impressões das coisas externas; essas impressões formam o que Locke chama de ideias simples.
Nas percepções essas impressões ou ideias simples se associam por semelhanças e diferenças, formando ideias complexas ou compostas.
Por intermédio de novas combinações e associações, essas ideias se tornarão mais complexas na razão, que forma as ideias abstratas ou gerais, como as ideias de substância, corpo, alma, Deus, Natureza, etc.
Tudo o que sabemos existir nos é dado pela experiência
Visto que a experiência nos mostra e nos dá a conhecer apenas coisas particulares ou singulares, somente elas existem.
Por conseguinte, as ideias gerais ou universais não correspondem a realidades ou a essências existentes, mas são nomes que instituímos por convenção para organizar nossos pensamentos e nossos discursos.
Exemplos
Nossos olhos sentem ou percebem objetos coloridos e não a cor.
Da mesma forma, nossos olhos percebem objetos luminosos ou com luminosidades diferentes, mas não percebem a luz.
Não existe “a cor”, mas objetos singulares coloridos tais como os percebemos – “a cor” é um nome geral com que nossa razão organiza nossas sensações visuais. Do mesmo modo acontece com a luz.
Racionalismo e Empirismo
Na história da filosofia e da epistemologia, a diferença de perspectiva entre Descartes e Locke levou a distinguir as duas grandes orientações da teoria do conhecimento: o racionalismo e o empirismo.
Para o racionalismo, a razão, tomada em si mesma e sem apoio da experiência sensível, é o fundamento e a fonte do conhecimento verdadeiro.
Para o empirismo, o fundamento e a fonte de todo e qualquer conhecimento é a experiência sensível, que é responsável pela existência das ideias na razão e controla o trabalho da própria razão, pois o valor e o sentido da atividade racional dependem do que é determinado pela experiência sensível.


Aula 2 - 1º ano Filosofia


Os filósofos modernos e o nascimento da teoria do conhecimento
-          Para os modernos a teoria do conhecimento foi considerada anterior à questão da ontologia e pré-requisito para a filosofia e as ciências.
-          Por que essa mudança de perspectiva dos gregos para os modernos? Porque entre eles instala-se o cristianismo, trazendo problemas que os antigos filósofos desconheciam.
-          A perspectiva cristã introduziu distinções que romperam com a ideia grega de uma participação direta e harmoniosa entre o intelecto e a verdade.
-          Separação entre o homem e Deus.
-          Verdades da razão e verdades da fé
Como é possível o erro ou a ilusão?

Gregos: se o verdadeiro é o próprio ser fazendo-se ver em todas as coisas, presente em nossas percepções, em nossas palavras, em nossos pensamentos, como o falso é possível se o falso é dizer e pensar que existe o que não existe?
Modernos: se a verdade é o que está no intelecto infinito de Deus, então está escondida de nossa razão finita e não temos acesso a ela.
Observaram que as verdades da fé haviam influenciado a própria maneira de conceber as verdades da razão;
Recusar o poder de autoridades sobre a razão, seja das Igrejas, das escolas e dos livros;
Separam fé e razão
Francis Bacon
Teoria da crítica dos ídolos (impedem o conhecimento da verdade)
       Ídolos da caverna: as opiniões que se formam em nós por erros e defeitos de nossos órgãos dos sentidos;
       Ídolos do fórum: são opiniões que se formam em nós como consequência da linguagem e de nossas relações com os outros;
       Ídolos do teatro: são as opiniões formadas em nós em decorrência dos poderes das autoridades que nos impõem seus pontos de vista e os transformam em decretos e leis inquestionáveis;
       Ídolos da tribo: são as opiniões que se formam em nós em decorrência da natureza humana
A demolição dos idolos é, portanto, uma reforma do intelecto, dos conhecimentos e da sociedade.
René Descartes
Descartes localizava a origem do erro em duas atitudes que chamou de atitudes infantis:
 A prevenção: é a facilidade com que nosso espírito se deixa levar pelas opiniões e ideias alheias, sem se preocupar em verificar se são ou não verdadeiras. São as opiniões que se cristalizam em nós sob a forma de preconceitos e que escravizam nosso pensamento, impedindo-nos de pensar e de investigar;
A precipitação: é a facilidade e a velocidade com que nossa vontade nos faz emitir juízos sobre as coisas antes de verificarmos se nossas ideias são ou não são verdadeiras. São opiniões que emitimos em consequência de nossa vontade ser mais forte e poderosa do que nosso intelecto.
Os objetivos principais do método são:
Assegurar a reforma do intelecto para que este siga o caminho seguro da verdade (portanto, afastar a prevenção e a precipitação);
Oferecer procedimentos pelos quais a razão possa controlar-se a si mesma durante o processo de conhecimento sabendo que caminho percorrer e sabendo reconhecer se um resultado obtido é verdadeiro ou não;
Permitir a ampliação ou o aumento dos conhecimentos graças a procedimento seguros que permitam passar do já conhecido ao desconhecido;
Oferecer os meios para que os novos conhecimentos possam ser aplicados, pois o saber deve, no dizer de Descartes, tornar o homem “senhor da natureza”.
Descartes, portanto, define o método como um conjunto de regras cujas características principais são três:
* Certas (o método dá segurança ao pensamento);
* Fáceis (o método evita complicações e esforços inúteis);
* Amplas (o método deve permitir que se alcance todos os conhecimentos possíveis para o entendimento humano).
Descartes elabora quatro grandes regras do método:
  1. Regra da Evidência: Só admitir como verdadeiro um conhecimento evidente, isto é, no qual e sobre o qual não caiba a menor dúvida.
  2. Regra da Divisão: Para conhecermos realidades complexas precisamos dividir as dificuldades e os problemas em suas parcelas mais simples, examinando cada uma delas em conformidade com a regra da evidência;
  3. Regra da Ordem: Os pensamentos devem ser ordenados em séries que vão dos mais simples aos mais complexos, dos mais fáceis aos mais difíceis, pois a ordem consiste em distribuir os conhecimentos de tal maneira que possamos passar do conhecido ao desconhecido;
  4. Regra da enumeração: A cada conhecimento novo obtido, fazer a revisão completa dos passos dados, dos resultados parciais e dos encadeamentos que permitiram chegar ao novo conhecimento.

Aula 2 - 2º ano Sociologia


Mecanismos de sustentação dos grupos sociais
• Toda sociedade conta com forças que mantêm coesos os grupos sociais. As principais dentre elas são a liderança, as normas e sanções, os símbolos e os valores sociais
Liderança
Liderança à capacidade de alguém, denominado líder, ou de algumas pessoas, de chefiar, comandar ou orientar um grupo de indivíduos em qualquer tipo de ação. Líder é aquele (ou aquela) que dirige o grupo, transmitindo ideias e valores aos outros membros.
Tipos de liderança
Liderança institucional à deriva da autoridade que uma pessoa tem em virtude de sua posição social ou do cargo que ocupa;
Liderança pessoal à é aquela que se origina das qualidades pessoais do líder ( inteligência, prestígio social e moral, poder de comunicação, atitudes, encanto pessoal etc.).
Normas e sanções sociais
Toda sociedade e todo grupo social conta com uma série de regras de conduta que lhe dão coesão, orientam e controlam o comportamento das pessoas. Essas regras de ação são chamadas de  normas sociais.
As normas sociais indicam o que é “permitido” e o que é “proibido”.
A toda norma social corresponde uma sanção social. Sanção social é uma recompensa ou uma punição que o grupo ou a sociedade atribuem ao indivíduo diante de seu comportamento social.
Tipos de sanções sociais
Aprovativas: quando são aplicadas sob a forma de aceitação, aplausos, honrarias, promoções; é o reconhecimento do grupo por ter o indivíduo cumprido o que se esperava dele;
Reprovativas: quando correspondem a punições impostas ao indivíduo que desobedece a alguma norma social; tais punições variam de acordo com a importância que a sociedade dá à norma infringida; assim, são sanções reprovativas o insulto, a zombaria, a vaia, a perda dos bens, a prisão e, em alguns países, a pena de morte.
Símbolos
É algo que representa ou substitui outra coisa, geralmente mais complexa e abstrata. É algo, portanto, cujo valor ou significado é atribuído pelas pessoas que o utilizam. Em nossa sociedade, por exemplo, a aliança é um objeto que simboliza a união e a fidelidade entre os cônjuges no casamento. Qualquer coisa pode se tornar um símbolo.
     Os símbolos são convenções sociais.
Valores sociais
A sociedade estipula o que é desejável e o que é proibido, o que é bonito e o que é feio, o que é certo e o que é errado. Assim, na vida em sociedade, as ideias, as opiniões, os fatos, os objetos não são avaliados isoladamente, mas dentro de um contexto social que lhes atribui um significado, um valor e uma qualidade determinados. Quanto maior o contexto social, maior a variedade de opiniões, de princípios, de valores sociais, muitas vezes conflitantes.
Os valores sociais variam também, principalmente no espaço e no tempo, em função de cada época, de cada geração, de cada sociedade.

domingo, 5 de agosto de 2012

Aula 1 - 2º ano (Sociologia)


Os agrupamentos sociais
Grupo social
-          Novo Dicionário Aurélio: Forma básica da associação humana; agregado social que tem uma entidade [ individualidade] e vida própria, e se considera como um todo, com suas tradições morais e materiais.
-          Psicanalista José Bleger: um grupo é um conjunto de pessoas que entram em interação, mas, além disso, o grupo é, fundamentalmente, uma sociabilidade estabelecida.
-          Filósofo Sartre: enquanto não se estabelecer a interação não existe grupo, há somente uma serialidade, na qual cada indivíduo é equivalente a outro e todos constituem um número de pessoas equiparáveis e sem distinção entre si.
-          Sociologia: é toda reunião mais ou menos estável de duas ou mais pessoas associadas ela interação.
Principais grupos sociais

Familial: representado pela família;
Vicinal: formado por pessoas residentes próximas umas das outras e que interagem entre si;
Educativo: desenvolvido na escola;
Religioso: representados pelos fiéis de um igreja (católica, islâmica, evangélica, judaica, ortodoxa, etc);
Lazer: formado por clubes, associações esportivas, grupos de teatro e outros;
Profissional: constituído por pessoas de uma mesma profissão;
Político: formado pelos militantes de um partido político, por integrantes de organismo do estado, e outros.
Características dos grupos sociais
• pluralidade de indivíduos - grupo dá ideia de algo coletivo: há sempre mais de uma pessoa no grupo;
• interação social - para que haja grupo, como vimos, é preciso que os indivíduos interajam uns com os outros em seu interior;
• organização - uma certa ordem interna é necessária para que o grupo se mantenha estável;
• objetividade e exterioridade - os grupos sociais são superiores e exteriores ao indivíduo, isto é, quando uma pessoa entra no grupo, ele já existe; quando sai, ele continua a existir;
•  conteúdo intencional ou objetivo comum – os membros de um grupo unem-se em torno de certos princípios ou valores para atingir um objetivo comum; quando uma parte deles coloca em dúvida algum desses princípios, o grupo se desagrega ou sofre divisões;
• consciência grupal ou sentimento de "nós" - são as maneiras de pensar, sentir e agir próprias do grupo; existe um sentimento mais ou menos forte de compartilhamento de uma série de ideias, valores e modos de agir;
• continuidade - as interações passageiras não chegam a formar grupos sociais estáveis; para isso, é necessário que as interações tenham certa duração, como ocorre, por exemplo, com a família, a escola, o sindicato, a Igreja, etc.; mas há grupos de duração efêmera, que aparecem e desaparecem com facilidade, como os mutirões para a construção de casas populares.
Tipos de grupo social
•  grupos primários - aqueles em que predominam os contatos primários, isto é, os contatos pessoais diretos; exemplos: a família, os vizinhos, o grupo de lazer;
• grupos secundários - grupos sociais mais complexos, como as igrejas e os partidos políticos, nos quais predominam os contatos secundários; os contatos sociais, nesse caso, realizam-se de maneira pessoal e direta, mas sem intimidade; ou de maneira indireta, por meio de cartas, internet, etc.;
• grupos intermediários - aqueles em que se alternam e se complementam as duas formas de contatos sociais: primários e secundários; um exemplo desse tipo de grupo é a escola.
Agregados sociais: é uma reunião de pessoas aglomeradas de forma momentânea e dotadas de um fraco sentimento grupal.
Multidão: Caracteriza-se por falta de organização, anonimato, objetivos comuns, indiferenciação e proximidade física.
Público: É um agrupamento de pessoas que seguem os mesmos estímulos. É espontâneo, amorfo, não se baseia no contato físico, mas na comunicação recebida através de diversos meios de comunicação. Massa:  É formada por indivíduos que recebem, de maneira mais ou menos passiva, opiniões formadas, que são veiculadas pelos meios de comunicação de massa; Consiste num agrupamento relativamente grande de pessoas separadas e desconhecidas umas das outras. Designa o que somos hoje. Uma sociedade marcada pela produção em grande escala de bens de consumo, pela concentração industrial, pela expansão dos meios de comunicação de massa, pelo consumismo desenfreado, pelo conformismo social e pela ação da publicidade, que induz as pessoas a se comportarem como meros consumidores e não como cidadãos dotados de espírito crítico.

Aula 1 - 1º ano (Filosofia)


A preocupação com o conhecimento
O conhecimento e os primeiros filósofos
-          Kósmos à tò ón à Alétheia
-          Heráclito considerava a natureza (mundo) um fluxo perpétuo; cada ser é um movimento em direção ao seu contrário; a realidade é a harmonia dos contrários, que não cansam de se transformar uns nos outros; exemplo do rio.
-          Parmênides dizia que só podemos pensar sobre aquilo que permanece sempre idêntico a si mesmo; pensar é apreender um ser em sua identidade profunda e permanente; percebemos mudanças impensáveis e devemos pensar identidades imutáveis.
-          Demócrito dizia que a realidade é constituída por átomos; o conhecimento sensorial é tão verdadeiro quanto aquilo que o pensamento puro alcança, embora de uma verdade diferente e menos profunda ou menos relevante do que aquela alcançada pelo puro pensamento.
-          Sócrates e os sofistas
                * Sofistas: não podemos conhecer o ser, pois, se pudéssemos, pensaríamos todos da mesma maneira e haveria uma única filosofia, podemos apenas ter opiniões subjetivas sobre a realidade. A verdade é uma questão de opinião e de persuasão, e a linguagem é mais importante do que a percepção e o pensamento;
                * Sócrates: a verdade pode ser conhecida desde que possamos compreender que precisamos começar afastando as ilusões dos sentidos, as imposições das palavras e a multiplicidade das opiniões. Os órgãos dos sentidos nos dão somente as aparências das coisas, e as palavras, mera opiniões sobre elas. Conhecer é começar a examinar as contradições das aparências e das opiniões para poder abandoná-las e passar da aparência à essência, da opinião ao conceito. Ironia: exame das opiniões.
-          Platão
                * Conhecimento sensível {crença e opinião
                * Conhecimento inteligível {raciocínio e intuição intelectual
à A crença é nossa confiança no conhecimento sensorial: cremos que as coisas são tal como as percebemos em nossas sensações.
à A opinião é nossa aceitação do que nos ensinaram sobre as coisas ou o que delas pensamos conforme nossas sensações e lembranças.
à O raciocínio  treina e exercita nosso pensamento, purifica-o das sensações e opiniões e o prepara para a intuição intelectual, que conhece a essência das coisas (ideia). As ideias são a realidade verdadeira e conhecê-las é ter o conhecimento verdadeiro.
à A ironia e a maiêutica socráticas são transformadas por Platão num procedimento denominado por ele de dialética, que consiste em trabalhar expondo e examinando teses contrárias sobre um mesmo assunto para descobrir qual das teses é falsa e deve ser abandonada e qual é verdadeira e deve ser conservada.
-          Aristóteles distingue sete formas ou graus de conhecimento: sensação, percepção, imaginação, memória, linguagem, raciocínio e intuição. Nos seis primeiros graus o conhecimento é obtido por indução ou por dedução, por demonstrações e provas, mas no último grau conhecemos o que é indemonstrável (princípios) porque é condição de todas as demonstrações e raciocínios.