segunda-feira, 22 de outubro de 2012

IV Bimestre: Aula 2 - 2º ano


Mobilidade Social
 - Mobilidade social é a mudança de posição social de uma pessoa num determinado sistema de estratificação social.
Tipos de mobilidade social
Vertical poder ser:
- Ascendente (subida) - quando a pessoa melhora sua posição no sistema de estratificação social, passando a integrar um grupo em geral economicamente superior ao de seu grupo anterior;
- Descendente (descida) - quando a pessoa piora sua posição no sistema de estratificação social, passando a integrar um grupo em geral economicamente inferior.
HORIZONTAL
Uma pessoa que muda de posição dentro do mesmo grupo social. Ex: Um jovem cientista (bolsista) que pretende ser um dentista (prestigio e mais rendimentos). A situação mostra uma pessoa que experimentou alguma mudança de posição social, mas que, apesar disso, permaneceu na mesma classe social.
Democracia e mobilidade social
O fenômeno da mobilidade social varia de sociedade para sociedade. Em algumas sociedades ela ocorre de maneira mais fácil; em outras, quase inexiste no sentido vertical ascendente.
A ascensão social depende muito da origem de classe de cada indivíduo. Alguém que nasce e vive numa camada social elevada tem mais oportunidade e condições de se manter nesse nível, ascender ainda mais e se sair melhor do que os originários das camadas inferiores.
Surgimento de políticas públicas ou privadas voltadas para a concretização do princípio constitucional da igualdade – de gênero, de idade, de origem nacional e de compleição física. Ações afirmativas.


IV Bimestre: Aula 2 - 1º ano


A imaginação
A imaginação na tradição filosófica
       A imagem seria um rastro ou um vestígio deixado pela percepção.
       Os empiristas, por exemplo, falam das imagens como reflexos mentais das percepções ou das impressões, cujos traços foram gravados no cérebro.
·         A imagem seria a coisa atual percebida quando ausente. Seria uma percepção enfraquecida, que, associada a outras, formaria as ideias no pensamento.
·         Os filósofos intelectualistas também consideravam a imaginação uma forma enfraquecida da percepção e, por considerarem a percepção a principal causa de nossos erros também julgavam a imaginação fonte de enganos e erros.

A imaginação na tradição filosófica

·         A imagem seria um rastro ou um vestígio deixado pela percepção.
·         Os empiristas, por exemplo, falam das imagens como reflexos mentais das percepções ou das impressões, cujos traços foram gravados no cérebro.
·         A tradição, porém, enfrentava alguns problemas que não podia resolver:

à não confundimos percepção e imagem. Assim, por exemplo, distinguimos perfeitamente a percepção direta de um bombardeio da imagem do que seria uma explosão atômica;
à não confundimos perceber e imaginar. Assim, por exemplo, distinguimos o sonho da vigília; distinguimos um fato que vemos na rua da cena de um filme;
à somos capazes de distinguir nossa percepção e a imaginação de uma outra pessoa. Assim, por exemplo, percebemos o sofrimento psíquico de alguém que está tendo alucinações, mas não somos capazes de alucinar junto com ela.

A fenomenologia e a imaginação

       A fenomenologia  fala na consciência imaginativa como uma forma de consciência que parte da diferença da imaginação com respeito à percepção e à memória;
       A imaginação é a capacidade da consciência para fazer surgir os objetos imaginários;
       Pela imaginação nos relacionamos com o ausente e o inexistente

Perceber e imaginar
A percepção observa as coisas, as pessoas, as situações. Observar é jamais ter uma coisa, pessoa ou situação de uma só vez e por inteiro.
A imaginação, ao contrário, não observa o objeto: cada imagem põe o objeto por inteiro.
       A imagem é diferente do percebido porque ela é um análogo do ausente, sua presentificação.
A força irrealizadora da imaginação significa, por um lado, que ela é capaz de tornar ausente o que está presente (o armário deixa de estar presente), de tornar presente o ausente (o navio torna-se presente) e criar inteiramente o inexistente (a aventura nos mares).
As modalidades ou tipos de imaginação
Partindo da diferença entre imaginação reprodutora e imaginação criadora, podemos distinguir várias modalidades de imaginação:
1.       imaginação reprodutora propriamente dita, isto é, a imaginação que toma suas imagens da percepção e da memória;
2.        imaginação evocadora, que presentifica o ausente por meio de imagens com forte tonalidade afetiva;
3.       imaginação irrealizadora, que torna ausente o presente e nos coloca vivendo numa outra realidade que é só nossa, como no sonho, no devaneio e no brinquedo. Esta imaginação tem forte tonalidade mágica;
 4. imaginação fabulosa, de caráter social ou coletivo, que cria os mitos e as lendas pelos quais uma sociedade, um grupo social ou uma comunidade imaginam sua própria origem e a origem de todas as coisas, oferecendo uma explicação para seu presente e sobretudo para a morte.
     5. imaginação criadora, que inventa ou cria o novo nas artes, nas ciências, nas técnicas e na Filosofia.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

IV Bimestre: Aula 1 - 2º ano (Sociologia)


Classes sociais e estratificação
Estratificação social
A estratificação deriva de estrato, que quer dizer camada. Por estratificação social entendemos a distribuição de indivíduos e grupos por camadas hierarquicamente superpostas dentro de uma sociedade. Essa distribuição se dá pela posição social dos indivíduos, das atividades que eles exercem e dos papéis que desempenham na estrutura social.
Assim podemos dizer que em determinadas sociedades as pessoas estão distribuídas pelas classes A, B e C e já se fala em classes D, E  e F, que correspondem a graus diferentes de poder, riqueza e prestígio.
Na sociedade capitalista contemporânea, as posições sociais são determinadas basicamente pela situação dos indivíduos no desempenho de suas atividades produtivas.
Entretanto, dentro dessa mesma sociedade os indivíduos podem desempenhar outros papéis e alcançar novas posições sociais, relacionadas com a religião, o partido político em que militam, as funções sociais que desempenham, a profissão que exercem e outras atividades.
Principais tipos de estratificação:
· Econômica: definida pela posse de bens materiais, cuja distribuição pouco equitativa faz com que haja pessoas ricas, pobres e em situação intermediária.
· Política: estabelecida pela posição de mando na sociedade – quem tem poder e quem não tem.
· Profissional: baseada nos diferentes graus de importância atribuídos a cada profissional na sociedade.
Sociedades estratificadas
Castas sociais
-          Existem sociedades em que indivíduos nascem numa camada social mais baixa, mais que com o decorrer de tempo ele pode alcançar o "topo". Esse fenômeno é conhecido como mobilidade social.
-          Existem sociedades que mesmo usando toda a sua capacidade e empregando todos os esforços, o indivíduo não consegue alcançar uma posição social mais elevada. Nesse caso sua posição social foi herdada por ele assim que nasceu independente de sua vontade. Ele vai carregar essa posição para o resto de sua vida.
Estamentos ou estados
 - O estamento ou estado é uma camada social semelhante à casta, porém um pouco mais aberta. Na sociedade estamental a mobilidade social e difícil mas não impossível.
Na sociedade feudal, a ascensão era possível nos raros casos em que a igreja recrutava seus membros entre os mais pobres; no caso de um rei conferir um título de nobreza a um homem do povo; ou, ainda se a filha de um rico comerciante se casasse com um nobre, tornando-se, assim, membro da aristocracia.
Classe social
 - Uma classe social é um grupo de pessoas que têm status social similar segundo critérios diversos, especialmente o econômico. Diferencia-se da casta social na medida em que ao membro de uma dada casta normalmente é impossível mudar de status.
Segundo a óptica marxista, em praticamente toda sociedade, seja ela pré-capitalista ou caracterizada por um capitalismo desenvolvido, existe a classe dominante, que controla direta ou indiretamente o Estado, e as classes dominadas por aquela, reproduzida inexoravelmente por uma estrutura social implantada pela classe dominante. Segundo a mesma visão de mundo, a história da humanidade é a sucessão das lutas de classes, de forma que sempre que uma classe dominada passa a assumir o papel de classe dominante, surge em seu lugar uma nova classe dominada, e aquela impõe a sua estrutura social mais adequada para a perpetuação da exploração.
A divisão da sociedade em classes é consequência dos diferentes papeis que os grupos sociais têm no processo de produção, seguindo a teoria de Karl Marx. É do papel ocupado por cada classe que depende o nível de fortuna e de rendimento, o género de vida e numerosas características culturais das diferentes classes. Classe social define-se como conjunto de agentes sociais nas mesmas condições no processo de produção e que têm afinidades políticas e ideológicas.

IV Bimestre: Aula 1 - 1º ano (Filosofia)


A memória
Lembrança e identidade do eu
 - A memória é a garantia de nossa própria identidade, o podermos dizer “eu” reunindo tudo o que fomos e fizemos a tudo que somos e fazemos.
- Como consciência da diferença temporal – passado, presente e futuro -, a memória é uma forma de percepção interna chamada introspecção, cujo objeto é interior ao sujeito do conhecimento.
- Além dessa dimensão pessoal e introspectiva da memória, é preciso mencionar sua dimensão coletiva ou social, isto é, a memória objetiva gravada nos monumentos, documentos e relatos da história de uma sociedade.
A memória em nossa sociedade
       Em nossa sociedade, a memória é valorizada e desvalorizada.
 à É valorizada com a multiplicação dos meios de registro e gravação dos fatos, acontecimentos e pessoas (computadores, filmes, vídeos, livros) e das instituições que os preservam (bibliotecas, museus, arquivos).
à  É desvalorizada porque não é considerada uma atividade essencial para o conhecimento e porque a publicidade e a propaganda nos fazem preferir o “novo”, o “moderno”, a “última moda”, pois a indústria e o comércio só terão lucros se não conservarmos as coisas e quisermos sempre o “novo”. A desvalorização da memória aparece no descaso pelos idosos, considerados inúteis e inservíveis em nossa sociedade, ao contrário de outras em que os idosos são portadores de todo o saber da coletividade, respeitados e admirados por todos.
O que é a memória
 - A memória é uma atualização do passado ou a presentificação do passado e é também registro do presente para que permaneça como lembrança.
 - Os aspectos biológicos e químicos da memória não explicam o fenômeno no seu todo, isto é, como forma de conhecimento e de componente afetivo de nossas vidas.
 - Podemos dizer que, em nosso processo de memorização, entram componentes objetivos e componentes subjetivos para formar as lembranças.
Memória e teoria do conhecimento
Do ponto de vista da teoria do conhecimento, a memória possui as seguintes funções:
 - retenção de um dado da percepção, da experiência ou de um conhecimento adquirido;
 - reconhecimento e produção do dado percebido, experimentado ou conhecido numa imagem, que, ao ser lembrada, permite estabelecer uma relação ou um nexo entre o já conhecido e novos conhecimentos;
 - recordação ou reminiscência de alguma coisa como pertencente ao tempo passado e, enquanto tal, diferente ou semelhante a alguma coisa presente;
 - capacidade para evocar o passado a partir do tempo presente ou de lembrar o que já não é, através do que é atualmente.
Graças à memória, somos capazes de lembrar e recordar. As lembranças podem ser trazidas ao presente tanto espontaneamente, quanto por um trabalho deliberado de nossa consciência. Lembramos espontaneamente quando, por exemplo, diante de uma situação presente nos vem à lembrança alguma situação passada. Recordamos quando fazemos o esforço para lembrar.
Quando perdemos a capacidade para lembrar palavras ou construir frases, sofremos a afasia. Quando perdemos a capacidade para lembrar e realizar gestos e ações, sofremos de apraxia. Essas perturbações podem ser causadas por lesões físicas (no cérebro ou no sistema nervoso) ou traumas psicológicos, isto é, por situações de grande sofrimento psíquico que nos forçam a esquecer alguma coisa, algum fato, alguma situação. Amnésia, perda total ou parcial da memória.
Na amnésia, perdemos relação com o todo de nossa existência. Na afasia perdemos a relação com os outros através da linguagem ou da comunicação. Na apraxia, perdemos a relação com o nosso corpo e com o mundo das coisas.