A imaginação
A imaginação na tradição
filosófica
•
A imagem seria um rastro ou um vestígio deixado
pela percepção.
•
Os empiristas, por exemplo, falam das imagens
como reflexos mentais das percepções ou das impressões, cujos traços foram
gravados no cérebro.
·
A imagem seria a coisa atual percebida quando
ausente. Seria uma percepção enfraquecida, que, associada a outras, formaria as
ideias no pensamento.
·
Os filósofos intelectualistas também
consideravam a imaginação uma forma enfraquecida da percepção e, por
considerarem a percepção a principal causa de nossos erros também julgavam a
imaginação fonte de enganos e erros.
A imaginação
na tradição filosófica
·
A imagem seria um rastro ou um vestígio deixado
pela percepção.
·
Os empiristas, por exemplo, falam das imagens
como reflexos mentais das percepções ou das impressões, cujos traços foram
gravados no cérebro.
·
A tradição, porém, enfrentava alguns problemas
que não podia resolver:
à não confundimos
percepção e imagem. Assim, por exemplo, distinguimos perfeitamente a percepção
direta de um bombardeio da imagem do que seria uma explosão atômica;
à não confundimos
perceber e imaginar. Assim, por exemplo, distinguimos o sonho da vigília;
distinguimos um fato que vemos na rua da cena de um filme;
à somos capazes de
distinguir nossa percepção e a imaginação de uma outra pessoa. Assim, por
exemplo, percebemos o sofrimento psíquico de alguém que está tendo alucinações,
mas não somos capazes de alucinar junto com ela.
A
fenomenologia e a imaginação
•
A fenomenologia
fala na consciência imaginativa como uma forma de consciência que
parte da diferença da imaginação com respeito à percepção e à memória;
•
A imaginação é a capacidade da consciência para
fazer surgir os objetos imaginários;
•
Pela imaginação nos relacionamos com o ausente e
o inexistente
Perceber e
imaginar
A percepção
observa as coisas, as pessoas, as situações. Observar é jamais ter uma coisa,
pessoa ou situação de uma só vez e por inteiro.
A imaginação, ao
contrário, não observa o objeto: cada imagem põe o objeto por inteiro.
•
A imagem é diferente do percebido porque ela é
um análogo do ausente, sua presentificação.
A força
irrealizadora da imaginação significa, por um lado, que ela é capaz de tornar
ausente o que está presente (o armário deixa de estar presente), de tornar
presente o ausente (o navio torna-se presente) e criar inteiramente o
inexistente (a aventura nos mares).
As
modalidades ou tipos de imaginação
Partindo da
diferença entre imaginação reprodutora e imaginação criadora, podemos
distinguir várias modalidades de imaginação:
1.
imaginação reprodutora propriamente dita,
isto é, a imaginação que toma suas imagens da percepção e da memória;
2.
imaginação evocadora, que presentifica o
ausente por meio de imagens com forte tonalidade afetiva;
3.
imaginação irrealizadora, que torna ausente o
presente e nos coloca vivendo numa outra realidade que é só nossa, como no
sonho, no devaneio e no brinquedo. Esta imaginação tem forte tonalidade mágica;
4. imaginação fabulosa, de caráter social ou
coletivo, que cria os mitos e as lendas pelos quais uma sociedade, um grupo social
ou uma comunidade imaginam sua própria origem e a origem de todas as coisas,
oferecendo uma explicação para seu presente e sobretudo para a morte.
5. imaginação criadora, que inventa ou
cria o novo nas artes, nas ciências, nas técnicas e na Filosofia.